Alma Inquieta


Tu 
que um dia te foste
que comigo conviveste
e meus sentidos ocupaste
Vem
 apagar esta nostalgia
que me inquieta a Alma
e me arde no Coração
Faz
parar esta sombra
que me desalenta 
e me molha o rosto
Vis Lembranças
de instantes passados
Incertezas 
 falsas realidades
Contudo
o tempo leva a tristeza
doura acontecimentos
transforma verdades
conseguindo dissolver
todo
 o Mal que me causaste
redimindo instantes e lembranças
que
a minha Alma transporta
Porém
Sem deixar de doer
permaneço sofrida
quieta, calada
relembrando os instantes
Plena utopia
de quem
morreu por um amor sofrido



Essência



Quando
As memórias do que fomos
Revelam
o que podemos ser
ou simplesmente
o que esquecemos de ter sido
porque
é no fim da Terra
no início do Mar
no topo do Céu
que talvez
possamos encontrar
a
 verdadeira essência do ser
onde a paz interior
com
a fusão da Natureza
e tudo 
o que ela tem para oferecer
Um simples traço
ou um contorno minimalista
que nos trazem á lembrança
o reencontro
a sensação única
essa Essência
que dentro de nós
Alimenta a Alma


Início do Fim



Ao chegar
ao fim da viagem
Descobrindo o início
invertendo
a ordem do tempo
ou onde
Simplesmente
o tempo
não existe
onde
Todos os desejos
antes manifestos
Os nossos sonhos
com a mesma intensidade
se converte
em pura energia
Onde
o próprio destino
finaliza
o realizar de um sonho
Nos faz recordar
imagens
que passando
suavemente
Nos leva o pensamento
e nos faz descobrir
o que de mais
íntimo existe
dentro de nós.


Sensações


Pormenores
como antigamente
quando
tudo tinha uma finalidade
uma razão de ser
O tempo
se demorava
vivia-se devagar
Mergulhando
nas sensações
onde se destacava
cada parte de nós
singularmente desperta
onde os sentidos
são reavivados
onde o transe
fazia adivinhar
aquele momento
Onde os sentimentos
e emoções
não decepcionam nunca
são a prova
genuína
de que o silêncio
é ainda
o mais ensurdecedor
dos barulhos
Saio
com a sensação
de que o mundo
é fantástico.


Sombras


Outrora
tive o dom
Provocava o mundo
ele reagia
Agora só resta
um imenso vazio
no meu coração
um vazio
de quem procura
e não encontra
a sua musa
o seu coração amado
Enquanto não vem...
Esta revolta
vai-me consumindo
Meu coração
vai-se entregando
a esta tristeza
Quando...
Quando é que vens?
Quando...
Terei poesia novamente
a abrilhantar
a minha triste vida
até lá
sonho...
Posso até contemplar
quem sabe até
vislumbrar
a tua verdadeira essência
até lá
irei agarrando
tudo o que puder guardar
Pois só assim
agarrando a tua sombra
conseguirei sonhar.


Reaprendendo a Viver





Cada lágrima caída
Cada forma
pousada, imaginada
Lágrimas são ferramentas
Gargalhadas sem som
Festas sem ninguém
Vida incompreendida
chorada
Oportunidades perdidas
Nossa união...
Esta perda brutal
Tão difícil de explicar
Eu caminho na dor
Caminho sem ti
O que mudou
como mudou
Porquês
Que continuam sem resposta
Esta lágrima que cai
Sentimentos inacabados
União que ruiu
Se foi...
Tua foto eu olho em silêncio
Vislumbro com pesar
Não mata a saudade
Não
Mas ameniza a perda
Olhando
Recordando
Mas
A vida segue
Tem de seguir
A revolta é comum
A negação existe
Mas
este desabafo
esta certeza
minha existência de dor
Reaprendo a viver
Meu sorriso se foi
Talvez contigo
Mas eu
Estou aqui.